Consórcio Cerrado das Águas começa sua expansão em cidades mineiras

O Consórcio Cerrado das Águas (CCA), fundado em 2015, iniciou em maio seu projeto de expansão para seis municípios da Região do Cerrado Mineiro.

O CCA é uma plataforma colaborativa que agrega esforços entre empresas, governo e sociedade civil para a preservação e conservação ambiental, com o objetivo de combater os efeitos das mudanças climáticas. 

A iniciativa reúne vários integrantes da cadeia produtiva do café para restaurar paisagens produtivas sustentáveis.

O primeiro município a receber a metodologia nessa expansão foi Serra do Salitre. Até 2023, a plataforma vai chegar aos municípios de Coromandel, Carmo do Paranaíba, Rio Paranaíba, Monte Carmelo e Araguari.

O projeto-piloto do CCA foi iniciado em 2019, na bacia do córrego Feio, em Patrocínio. De acordo com o relatório divulgado pelo consórcio, foram realizadas 319 visitas a produtores. Essas visitas geraram 94 planos individuais de propriedade, que foram implementados em 57 propriedades. 

Por meio de restauração 100% orgânica, foram plantados 17 hectares e 20 mil mudas. O alcance total das medidas foi de 97 hectares de área conservada. 

A estratégia de expansão, que visa formar corredores ecológicos e alavancar os ganhos de biodiversidade da região, vai seguir agora para os outros municípios. 

As cidades escolhidas são responsáveis por grande parte da produção de café no bioma. Elas têm pontos críticos no que se refere à grande perda da vegetação nativa e numerosas espécies ameaçadas. 

Diagnósticos das respectivas áreas e parcerias estabelecidas com o poder público de cada município nortearão as tomadas de decisão. 

O cadastro dos produtores e a análise das propriedades das áreas prioritárias a serem restauradas serão fundamentais para definir as estratégias que devem ser adotadas em cada propriedade.

Dinâmica da plataforma

A partir do Programa de Investimento no Produtor Consciente (PIPC), o consórcio oferece alternativas e soluções para a preservação dos recursos naturais e o combate às mudanças climáticas. 

Para alinhar as estratégias, é elaborado um Plano Individual de Propriedade (PIP) com cada produtor dentro da bacia hidrográfica.

O PIPC tem como principal característica a rede de engajamento. Isso vai desde o produtor que reside e trabalha na bacia, até o restante da cadeia do café, que passado pelos atores locais, como a promotoria, associações e poder público, e chega até ao comprador do produto em qualquer parte do mundo,

O CCA tem como membros associados as empresas Nescafé, Expocaccer, Nespresso, Lavazza, Cooxupé, CofCo e Volcafé. Também estão na plataforma instituições apoiadoras como a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Daterra, CerVivo, Imaflora e o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).

Esse conteúdo foi publicado originalmente em: Revista cafeicultura

Imagem meramente ilustrativa

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