A Vibra é uma empresa que se reposiciona no mercado preocupada com a transição energética e a agenda sustentável desde 2021. Mas a sua história começa em 1953, como Petróleo Brasileira S.A. – Petrobras, Criada pelo presidente, na época, Getúlio Vargas, a empresa é fruto da campanha “O Petróleo é Nosso”, que mobilizou toda a sociedade brasileira.
Na Sustentabilidade, foi em 2020 que a companhia reforçou o seu destaque. Ainda como Petrobrás, ela se manteve como uma distribuidora de combustíveis integrada no índice de sustentabilidade da B3 (ISE B3) e no índice de carbono eficiente da B3 (ICO2). Títulos esses poucos comuns para uma empresa do ramo petrolífero. Assim sendo, vale conferir qual a estratégia adotada em meio ao período de mudança e reposicionamento no mercado.
Empresa de petróleo combina com Agenda 2030?
Como visto, a Vibra possui foco estratégico na transição energética. Então, mesmo produzindo e distribuindo uma fonte fóssil de energia – de alta pegada ecológica –, a antiga Petrobrás, vem em novo movimento: transição energética. Mais ainda, a companhia atrelou a estratégia de transição à redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE), já monitorados.
Em termos de Agenda 2030, a companhia tem uma estratégia que se baseia no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7 – que trata de energia limpa e acessível – para reduzir a pegada de carbono, pauta relevante do ODS 13 — que aborda sobre a mudança global do clima. É uma estratégia confiável e que faz todo o sentido, tendo em vista o core business e o segmento de mercado.
Conhecendo a estratégia mais a fundo: relatórios
Segundo o seu relatório sustentável de 2021, a empresa conta com uma gestão centralizada e um sistema informatizado para acompanhamento mensal. Além disso, a Vibra controla o consumo e a produção de cada unidade organizacional de diferentes tipologias de energia (eletricidade, vapor, combustíveis e biocombustíveis). Com esses dados, a companhia pode estipular estratégias para a redução de consumo a partir do monitoramento da eficiência energética.
Outra sacada interessante: a Vibra migrou sete instalações para o mercado livre de energia até o fim do ano de 2021. Isso significa que as sete instalações passaram a se abastecer de fontes renováveis de energia. E não parou por aí: para rastrear essa energia a companhia adquiriu 11 mil I-REC (International Renewable Energy Certificate) [tradução livre: Certificado Internacional de Energia Renovável], que equivale a 11 mil MWh de energia elétrica advinda de fontes renováveis.
Conheças as metas a curto, médio e longo prazo.
No futuro, a companhia reforça seu compromisso com a transição energética. Assim, ela traz como meta a redução gradual no consumo de combustíveis fósseis. Para isso, a Vibra vem estudando o uso de combustíveis alternativos e renováveis como fonte energética.
Como exemplo, a empresa trouxe, no seu relatório de sustentabilidade mais recente, o processo de modernização da sua fábrica de lubrificantes, com previsão de substituir as empilhadeiras movidas a gás por equipamentos elétricos de melhor eficiência, até o ano passado (2022).
Ainda, a Vibra reforça a meta estratégica de um futuro de baixa emissão de carbono a médio prazo. Para tanto, abraça a causa “emissão líquida zero de CO2” para os escopos 1 e 2 até 2025. Ou seja, ela quer se tornar uma empresa responsável que emite zero carbono de forma direta, bem como, passar a ser responsável por zero emissão indireta da sua atividade até 2025.
A longo prazo, a VIbra tem a meta de ser uma empresa “emissão líquida zero de CO2” para o escopo 3 – quando a empresa é indiretamente responsável pelas emissões de toda a cadeia de valor – até 2050. É uma meta ambiciosa para o setor em que se encontra, mas que pode provocar os seus concorrentes, bem como parceiros do ramo, a se mexerem e apresentarem propostas tão ousadas quanto.
Sustentabilidade que Vibra
Enquanto 2050 não chega, a companhia vem trabalhando focada em reduzir até 6% das emissões absolutas de escopo 1 e 2 dos setores operacionais e administrativos, até o final de 2023, comparado ao ano de 2019. Vez que em 2020, durante a pandemia, os dados da empresa foram bem discrepantes dos padrões, principalmente a nível de consumo.
Atualmente, a Vibra registrou como emissões globais brutas de escopo 1 43.570 tCO2eq, (dentro do limite de emissões). Para 2021, a empresa atingiu a meta de reduzição 3% das emissões absolutas de escopo 1 e 2, comparado a 2019. Com isso, pôde-se validar a efetividade da estratégia sustentável adotada.
Todavia, a companhia foi além da aquisição de eletricidade no mercado livre, como mencionado. Ela desmobilizou instalações, desfez investimentos e trouxe mudanças de modelos de negócio. A Vibra manteve também o home office do período pandêmico nos setores possíveis; e investiu em ações de eficiência energética para reduzir a perda de vapor no sistema de aquecimento de tubulações e tanques.
Portanto, espera-se que a antiga Petrobrás, com sua nova proposta, alcance sua audaciosa meta de emissão líquida zero de carbono antes de 2050 e continue estudando novos modelos sustentáveis e limpos de energia. É um movimento inspirador para as demais empresas no ramo.
Palavras-chave: ODS 7, energia limpa, ODS 13, emissão de carbono, escopo 1, escopo 2, escopo 3; fontes de energia, energia limpa, renovável, petrolífera, empresa, Vibra, Petrobras.
Texto baseado no ESG Report 2021