Quase dois terços das empresas estão hoje reduzindo ou pelo menos mantendo suas retiradas de água. O dado faz parte do Global Water Report 2020, relatório que a organização CDP elabora a partir de pesquisa com centenas de companhias de todo o mundo. No relatório deste ano, 2.934 empresas responderam ao questionário de segurança hídrica do CDP.
O estudo conclui que ainda há um longo caminho a percorrer para que seja atingido o objetivo global de segurança hídrica, especialmente devido ao lento progresso em relação às metas de poluição.
Mas há uma emergente consciência empresarial de que os impactos financeiros potenciais dos riscos hídricos são muito maiores do que os custos de enfrentá-los: o estudo diz que a inação custa 5 vezes mais que a ação.
Apesar da pandemia, em 2020, o CDP constatou que houve aumento de 20% na divulgação corporativa por meio do questionário de segurança hídrica. Para a organização Isso é uma prova de que as empresas estão reconhecendo o que está em jogo com o esgotamento rápido dos recursos hídricos e percebendo o poder da transparência para reverter isso.
Segundo a organização, para ter sucesso as empresas em quase todos os setores devem encontrar novas formas de fazer negócios que desvinculem a produção e o consumo do esgotamento dos recursos hídricos. A conclusão é que mudanças incrementais, agindo um pouco mais eficientemente ou um pouco mais colaborativamente, não vão resolver.
As empresas que estão fazendo as transformações são as que colocam a água no centro de seus negócios, integrando-a totalmente em suas estratégias e garantindo a responsabilidade pelos objetivos da água no mais alto nível. Segundo o CDP, oferecer uma economia inclusiva, sustentável e responsável é um dos desafios definidores do século 21.
A íntegra do relatório pode ser acessada em: CDP