Empresas da região do ABC paulista têm investido cada vez mais em processos mais modernos e eficientes de coleta, tratamento, filtragem e reutilização de águas da chuva e residuais.
Como resultado, além de contribuir para a urgência ambiental do uso racional da água, estão conseguindo reduzir seus custos operacionais.
Segundo reportagem do jornal Diário do Grande ABC, a metalúrgica de capital aberto Paranapanema é um exemplo disso. A unidade do bairro de Utinga, em Santo André, realiza esse processo durante as 24 horas do dia.
Em 2013, a companhia consumiu 1,650 milhão de metros cúbicos de água de reúso de sua estação de tratamento, um trabalho que realiza desde 2000. A consequência é uma economia que chega a cerca de 90%.
O diretor da unidade de produtos de cobre da Paranapanema, Miguel Carvalho, calcula que o custo de água da empresa não chega a 10% do que seria gasto se houvesse necessidade comprá-la”.
Embora a empresa não tenha divulgado valores, um cálculo feito com base no preço cobrado pelo serviço municipal de água e saneamento (Semasa) junto a grandes consumidores, chegou a R$ 31,8 milhões de economia em 2013.
Reutilização
A metalúrgica tem uma estação de tratamento de grande porte instalada na unidade, com índice de reaproveitamento da água de até 95%.
No processo, a água de chuva e residual é acumulada em espécie de lagoa artificial. O líquido é bombeado para uma espécie de liquidificador gigante, onde são adicionados produtos químicos para realizar o tratamento
Depois, a água é direcionada a outros tanques gigantes, onde a reação química faz com que os resíduos tomem formas e afundem.
Na sequência, vem a parte da filtragem, seguindo ao reservatório e à caixa d’água instalada em torre de 44 metros de altura. Essa instalação gera uma pressão gravitacional para que a água chegue até a linha de produção.
Alguns dos principais destinos finais da água são processos de resfriamento.
Outras empresas
A fábrica de pneus Pirelli, de Santo André, também faz o tratamento da água utilizada no processo industrial. Esse líquido é reaplicado na linha de produção, informou a empresa por meio de nota.
A Bombril, de São Bernardo do Campo, implantou recentemente um reaproveitamento de água em seu processo produtivo, que ainda se encontra em fase de adaptação.
As montadoras Volkswagen e Ford, na mesma cidade, também informaram estar adotando processos de reúso e de redução de consumo da água
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