A companhia têxtil Malwee lançou no final de 2020 o que chama de “o jeans mais sustentável do Brasil”. O tecido é produzido com uma redução de no mínimo 80% de uso da água no processo fabril.
Segundo a empresa, o processo utilizado permite alcançar até 98% menos água na fabricação, o equivalente a um copo de 200 ml.
Segundo o site Mercado&Consumo, essa iniciativa faz parte da nova campanha “Moda Sem Ponto Final”.
As peças são fabricadas sem químicos nocivos ao meio ambiente. Em substituição, a marca passou a utilizar químicos orgânicos.
A gerente da marca, Patrícia Calixto, explica que é possível produzir jeans de um jeito diferente, de forma mais sustentável, durável e com preço acessível.
O processo convencional, lembra, possui alto impacto ambiental e consome muita água, químicos nocivos e energia.
Agora, a empresa passou a usar laser para reproduzir os efeitos de tingimento e desgastes nas peças. Esses efeitos são desenhados em um software e aplicados por um equipamento de alta precisão.
O uso dos feixes de laser nessa fase do processo elimina grande parte da água e químicos nocivos que seriam utilizados num processo convencional.
Foi repensada até mesmo a aviamentação, que é a instalação de objetos externos como zíperes, botões, rebites e etiquetas. A marca trocou os itens convencionais por materiais reciclados.
‘Lavanderia 5.0’
O Grupo Malwee investiu R$ 9 milhões em seu laboratório de desenvolvimento para trazer essa tecnologia ao Brasil.
Segundo a companhia, apenas outras quatro empresas no mundo possuem esse tipo de processo completo para a fabricação de jeans. Ele é conhecido internacionalmente como “Lavanderia 5.0”.
A empresa lembra que é uma pioneira na busca da sustentabilidade nas operações. Existe um contínuo avanço no uso de matérias-primas sustentáveis em suas coleções.
Isso inclui investimentos em reuso de água e energia ecoeficiente em todas as suas fábricas. A empresa também criou e mantém desde 1978 o Parque Malwee.
O grupo é reconhecido como uma das 20 empresas mais transparentes do mundo, segundo a última edição do Índice de Transparência da Moda (2019).
Esse conteúdo foi publicado originalmente em: Mercado e consumo
Fonte da imagem: Mercado e consumo
