O novo Marco Legal do Saneamento completou em julho de 2021 um ano de vigência. A expectativa é que os investimentos para modernização do setor tragam a geração de 700 mil empregos em 14 anos.
O professor da FEA-RP, Rudinei Toneto, diz ao Jornal da USP que os efeitos do Marco serão diretos e indiretos.
Segundo ele, o aumento das extensões de rede de água e esgoto no país vai gerar empregos diretos. Estes são relacionados à manutenção, ao atendimento e à administração dos projetos.
Além disso, maiores investimentos na área devem estimular a busca por profissionais da construção civil, da indústria de materiais de construção, projetistas e engenheiros, entre outros.
Toneto acrescenta que o maior número de empregados também deve gerar um “efeito multiplicador”, com a criação de empregos adicionais. Estes são relacionados às necessidades daqueles que trabalharão diretamente na operação dos novos serviços.
A participação do setor privado, prevista pelo novo marco, vai contribuir com uma maior capacidade de gestão dos recursos. Também vai acrescentar segurança regulatória, fornecendo maior garantia ao investidor e, por consequência, movimentar a economia.
O professor destaca alguns desafios na implementação dessas modernizações. Isso inclui a quantidade de recursos financeiros necessários, o detalhamento do projeto e os problemas atuais do serviço. Outro desafio é a maior necessidade de qualificação de pessoal técnico.
Esse conteúdo foi publicado originalmente em: Jornal USP