Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela avançaram na discussão da proposta final de criação da Rede Hidrológica Amazônica (RHA), que vai acompanhar os rios da bacia Amazônica, a maior em volume de água no mundo. Esse projeto busca promover o monitoramento integrado da bacia Amazônica para obter uma visão integrada e estratégica da área transfronteiriça do rio Amazonas.
Ao aprimorar o conhecimento da hidrologia da bacia, o projeto vai prover dados para cálculos do balanço de água, subsidiar a avaliação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, fornecer informações para projetos de obras hidráulicas com impactos internacionais, entre outros avanços.
De acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o desenho da RHA foi definido para atender a dois objetivos prioritários. O primeiro é o controle de fronteiras por meio da quantificação e qualificação do compartilhamento de recursos hídricos entre os países fronteiriços da região. O segundo objetivo é o balanço hídrico a partir do conhecimento sobre os volumes de água drenados na bacia, dados considerados essenciais para subsidiar a gestão integrada de recursos, para promover tanto o desenvolvimento quanto a gestão coordenada da água, solo e recursos relacionados.
A proposta da RHA vem sendo discutida pelos países amazônicos há alguns anos e o último encontro técnico online foi realizado em 16 de junho. A Fase 1 do projeto, que durou de 2012 a 2017, teve a implantação de 125 pontos de monitoramento, que já estão em operação nos países envolvidos. Para a Fase 2, com previsão de conclusão ainda em 2021, estão planejados mais 218 pontos, que vão necessitar de avaliações de campo para sua implementação.
O Projeto Amazonas contratou uma empresa para elaborar o Relatório sobre a Situação da Qualidade da Água na Bacia Amazônica, com previsão de conclusão até outubro deste ano. Mais recentemente, em 11 de junho, foram iniciados os trabalhos para construção de um sistema comum de informações da bacia, que permitirá o intercâmbio dos dados hidrológicos entre os países amazônicos, com o estabelecimento do Observatório Regional Amazônico, que será implementado na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Conteúdo publicado originalmente em: Gov.br
