Pesquisadores de Cardiff desenvolvem catalisador que usa água para desinfetar água

Pesquisadores da Universidade de Cardiff desenvolveram uma tecnologia capaz de desinfetar a água utilizando apenas hidrogênio e oxigênio. Ou seja, provaram que é possível purificar a água usando água.

O estudo foi publicado na revista científica Nature Catalysis em julho de 2021. De acordo com os cientistas, esse novo desinfetante é muito mais eficaz em eliminar vírus e bactérias do que os métodos comerciais tradicionais.

De acordo com a revista, o novo método usa um catalisador feito de ouro e paládio.

Ele leva hidrogênio e oxigênio para formar o peróxido de hidrogênio, um agente usado no dia a dia e que atualmente é produzido em escala industrial.

A capacidade de produzir peróxido de hidrogênio no ponto de uso serve para superar os problemas de eficácia e segurança associados aos métodos comerciais.

Estudo comparativo

Durante a pesquisa, a equipe testou a eficácia da desinfecção do peróxido de hidrogênio e do cloro comercialmente disponíveis em comparação com seu novo método catalítico.

Quando se encontra em solução aquosa, o peróxido de hidrogênio é conhecido como água oxigenada. Soluções com 3% de peróxido de hidrogênio são vendidas em supermercados e farmácias e são usadas como alvejante ou como antisséptico.

Um dos problemas que os cientistas encontraram para o uso do peróxido industrial foi a necessidade de uso de produtos químicos estabilizadores. Eles são usados para interromper a degradação, o que reduz sua eficácia como desinfetante.

Os pesquisadores também estudaram a adição do cloro para desinfetar a água. Neste caso, um empecilho é que o cloro pode reagir com outros compostos na água e se tornar tóxico para os humanos

Nos testes, a equipe comparou a capacidade desses produtos de matar o E. coli frente ao novo método.

Segundo eles, o método baseado em catalisador mostrou ser 10 milhões de vezes mais potente em matar as bactérias do que uma quantidade equivalente de peróxido de hidrogênio industrial.

E mais de 100 milhões de vezes mais eficaz do que a cloração, em condições equivalentes.

Para o professor de Química Graham Hutchings, do Instituto de Catálise de Cardiff, o novo processo é uma oportunidade de desinfetar rapidamente a água em menor tempo que os métodos convencionais.

Esse processo também evita a formação de compostos perigosos e biofilmes, que podem ajudar bactérias e vírus a prosperar.

Esse conteúdo foi publicado originalmente em: Olhar Digital

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