A Itaipu Binacional foi fundada em 1974 no Brasil e no Paraguai com a intenção de utilizar a água do rio Paraná para gerar energia. Hoje, a empresa é a maior geradora de energia renovável do mundo e entre 1984 até 2018, já tinha gerado mais de 2 bilhões de MWh. Além disso, desde o início do termo “desenvolvimento sustentável” a companhia vem investindo em iniciativas sustentáveis em suas operações.
Como geradora de energia por meio da água, a Itaipu precisa pensar em maneiras de diminuir os seus impactos na natureza, principalmente nos ecossistemas aquáticos, o que contempla o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14 (vida na água) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Da fonte ao mar”
“Da fonte ao mar” é uma abordagem utilizada pela Itaipu para centralizar suas atividades. Vez que, implica um fluxo de atividades ao longo da cadeia, que incluem: práticas para preservação do solo e água, monitoramento de água e sedimentos, piscicultura em sistemas fechados sustentáveis, entre outras.
Basicamente, o objetivo dessa abordagem é, além de alcançar o desenvolvimento sustentável, preservar o solo e a água. Para isso, a empresa avalia os diversos fluxos que podem causar impactos negativos nos ecossistemas aquáticos e chegar até ao mar, são eles: água, flora, fauna, sedimentos, poluição etc.. É importante ressaltar que a Itaipu pode ser uma potencial causadora de impactos nos oceanos, pois a água doce é drenada diretamente para o reservatório, em seguida para a Bacia do Prata e depois para o Oceano Atlântico da América do Sul.
Segundo o seu relatório desenvolvido especialmente para o ODS 14 (“ESTUDO DE CASO: ITAIPU E O ODS 14” publicado em 2019), a empresa está investindo em tecnologia para diminuir a carga orgânica de efluentes liberados para o meio ambiente. Com isso, ela utiliza o aprimoramento de microrganismos, ou Bioflocos, essa iniciativa permite a melhoria da qualidade da água por meio da “reciclagem” do excesso de nitrogênio e fósforo, permitindo a devolução de água limpa para o ambiente aquático.
Metas e desafios
A intenção da Itaipu é diminuir a poluição de sistemas marinhos, principalmente quando ocorrem por conta da atividade terrestre. Para isso, eles atrelam a meta 14.1 “Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável” à sua estratégia. Nesse cenário, a empresa apoia o desenvolvimento e disseminação de práticas de manejo sustentáveis na aquicultura.
Desenvolver metas para investir em uma aquicultura mais sustentável é importante, pois o local que a Itaipu está localizada é a maior região produtora de peixe no país. A alta demanda em conjunto com a poluição por conta da produção alimentícia, traz um desafio para a companhia. Além disso, as ferramentas utilizadas para avaliar os impactos gerados ainda estão sendo desenvolvidas, para assim, chegar no resultado pretendido, melhorando cada vez mais os processos e, consequentemente, a proteção de ecossistemas marinhos.
As iniciativas da Itaipu são bons exemplos de práticas quando falamos na implementação da Agenda 2030 da ONU e dos seus ODS. Saber do seu impacto é o primeiro e um dos mais importantes passos para pensar em metas e ações a curto, médio e longo prazo. Assim, é possível desenvolver iniciativas inovadoras para resolução desses problemas e transformar as operações em fontes de sustentabilidade.
Palavras-chave: sustentabilidade, iniciativas empresariais, ações empresariais, Itaipu, ODS 14, Vida na água.
Texto baseado no Relatório anual 2021