Fundada em 1851 na região dos países baixos, e presente no Brasil desde 1942, a Louis Dreyfus Company (LDC) é um grupo de grande legado no ramo de produtos agrícolas. Presente em todas as etapas da cadeia de valor, a LDC reconhece o seu considerável impacto no meio ambiente. Portanto, ela assume sua responsabilidade no gerenciamento e busca continuamente minimizá-los.
De acordo com o seu relatório de sustentabilidade (2021), a LDC foca em “destacar os passos para acelerar a descarbonização e o progresso contínuo nas cadeias de fornecimento”. As ações seguem alinhadas com a Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em destaque, foca no ODS 13 “ação contra a mudança global do clima”, para reduzir os impactos da sua atividade no meio ambiente.
Para tanto, a companhia agrícola vem desenvolvendo várias estratégias, como a criação de uma nova Plataforma de Soluções de Carbono, para liderar seus esforços de descarbonização a partir de ações e operações nas suas cadeias de valor; vem participando de forma ativa perante a Convenção das Partes (COP) e recentemente contribuiu para o desenvolvimento e publicação de um Código de Conduta em prol dos direitos dos trabalhadores marítimos.
Meta de desmatamento zero até 2025 é possível?
Dentre tantas iniciativas, o que mais chama a atenção é a meta para “eliminar o desmatamento e a conversão de vegetação nativa de Alto Valor de Conservação (AVC) para fins agrícolas das suas cadeias de fornecimento até o final de 2025”. Seguindo um padrão ousado das grandes corporações do setor, a LDC traçou uma estratégia interessante em cima do ODS 15 “proteção da vida terrestre” para seguir seu compromisso climático.
A meta se trata de uma abordagem global da companhia e deve atuar de forma conjunta com outras medidas. Por exemplo, a ideia é que a Plataforma descrita acima contribua no desenvolvimento de códigos e políticas de sustentabilidade específicas dos produtos. Assim, a LDC ratifica o compromisso de conservar florestas e vegetação nativa (AVC) na área de commodities (maior risco em relação ao desmatamento) como café, palma e soja.
Segundo a companhia, para alcançar a meta, é preciso antes seguir etapas de implementação que envolvem avaliações de risco ao longo das cadeias de fornecimento. Isso é, priorizar ações focadas na cadeia e observar as regiões de maiores riscos de desmatamento e conversão, a partir de monitoramento e relatórios frequentes.
Meta de net zero 2050 é um compromisso da LDC
Uma vez que a LDC aderiu à COP 26, ela se propôs a ter zero emissão de carbono até o ano de 2050. Assim, a LDC representa 20% das grandes companhias que aceitaram o compromisso. Nesse contexto, ela deve implementar projetos como os descritos acima, bem como, ter metas claras e precisas de onde se quer chegar a nível climático.
Portanto, além do que já foi visto ao longo do texto, é interessante entender alguns dos objetivos climáticos da LDC. Vale destacar: a companhia os desenvolve e busca atingir por intermédio da Plataforma recentemente criada, como é o caso da redução de emissão por desmatamento, já mencionada.
Outras iniciativas decorrentes da plataforma é apostar na agricultura regenerativa, a partir da plantação de soja orgânica; o uso de agrofloresta para uma proposta de reflorestamento e que possa sequestrar carbono; entre outras iniciativas com comunidade locais sobre plantio sustentável, desperdícios e energia limpa. Todas essas iniciativas em prol do ambiente já estão ativas e em estado de operação. O que aproxima a LDC de alcançar a meta net zero 2050.
Palavras-chave: ODS 15, proteção da vida terrestre, ODS 9, inovação, indústria e infraestrutura, agronegócio, agricultura, meio ambiente, agricultura sustentável, mudança climática, ODS 13, iniciativas empresariais.
Texto baseado no Sustainability Report 2021