A healthtech brasileira Safe Drinking Water For All foi fundada em 2015 e nesse curto tempo de existência já acumula mais de 20 premiações regionais, nacionais e internacionais.
A startup desenvolve novas tecnologias hídricas por meio da gestão, geração e tratamento dos recursos para as regiões áridas do interior do Nordeste brasileiro.
Em entrevista para o hub de inovação Whow!, a fundadora e CEO da startup, Anna Beserra, diz que a healthtech baiana alterou seu modelo de negócios inicial, passando da venda governamental para o foco em acordos com empresas privadas. Ela também trabalha com ONGs que funcionam como intermediárias dessas corporações.
Esses parceiros têm investido cada vez mais em retornos para o meio social, geralmente nas comunidades em que atuam, especialmente nas zonas rurais.
De acordo Anna, os diferentes produtos da Safe Drinking Water For All já beneficiaram cerca de 300 famílias com a possibilidade de acesso à água potável, em cinco estados.
Tratamento da água e energia limpa
A startup vendeu mais de 500 unidades de diferentes produtos. Um deles é o Aqualuz, que faz o tratamento de água pluvial de cisternas, sem o uso de substâncias químicas, filtros sofisticados ou intervenções mais radicais.
Outro produto é o Aquapluvi, uma pia híbrida que permite o uso da água de chuva e do sistema de abastecimento local que funciona em espaços públicos de alta rotatividade de pessoas.
Também foram citados o Sanuseco, um banheiro seco que não usa água para a descarga e ainda faz o retorno para um ciclo natural e tratado por compostagem para virar adubo; e o Sanuplant, uma tecnologia de tratamento de águas cinzas, como água da cozinha, chuveiro, lavagem de roupa e urina.
Além desses dois últimos produtos voltados para a área de saneamento básico, a CEO citou o dessalinizador solar Aquasolina como novidade. O protótipo está em testes e a tecnologia usa a luz do sol para tratar a água salobra para o uso doméstico.
Anna Beserra diz na entrevista que a startup quer estimular a sociedade e fazer com que outras organizações se envolvam cada vez mais. Ela diz sentir o mercado mais propenso a iniciativas sustentáveis, como o uso de energia eólica e solar.
“Os setores mais poluentes vão perder espaço ou vão precisar mudar o negócio, mas poderão investir na parte social e ambiental. Não vai demorar muito para chegar em nós”, prevê.
Esse conteúdo foi publicado originalmente em: Whow
Fonte da imagem: ONU divulgação