Quase um terço da população mundial não tem acesso a nenhum serviço de saneamento, segundo o estudo “Progress on Drinking Water, Sanitation and Hygiene” da UNICEF.
Ou seja, o planeta tem cerca de 2,3 bilhões de pessoas sem banheiro para depositar dejetos e sem acesso a água tratada ou coleta de esgoto.
Existem startups dedicadas à solução desses desafios. O Site de empreendedorismo Whow! listou sete dessas iniciativas pelo mundo:
Stattus4 (Brasil)
A startup brasileira Stattus4 desenvolveu um sistema de monitoramento da rede de abastecimento em tempo real para detectar vazamentos e reduzir a perda de água. O projeto Fluid funciona com sensores que mapeiam vazamentos e enviam os dados para um software comandado por técnicos. Isso agiliza o envio da mão de obra especializada para os locais de vazamento em menor tempo. A startup informa ter conseguido reduzir de 41% para 18% a perda de água na rede de distribuição de Santa Bárbara D’Oeste, no interior de São Paulo. Essa empresa nasceu numa incubadora do Parque Tecnológico de Sorocaba.
Fresh Room (Índia)
A startup indiana Fresh Room está dedicada a mudar a visão que se tem sobre banheiros públicos. Com o intuito de diminuir o risco à saúde nos banheiros de uso comunitário, a empresa está colocando Internet das Coisas nas cabines. Isso permite que as cabines se limpem automaticamente logo depois do uso. É o chamado esquema “smart toilet”. Além de reduzir o número de fungos e bactérias, a startup permite gerenciamento de resíduos e reciclagem de água com operações movidas a energia solar. O Fresh Room recorre à ideia de banheiros secos, que não utilizam água para escoar os dejetos.
Ekam Eco Solutions (Índia)
A startup Ekam Eco Solutions oferece uma solução semelhante à da Fresh Room. Com sede em Nova Déli, a empresa produz mictórios a base de bambu e que não utilizam água. Os mictórios convencionais de lavagem com água usam de dois a quatro litros por lavagem. A tecnologia permite também equipar mictórios comuns, reduzindo a destinação de água para esse tipo de atividade.
Toilets for People – TfP (Estados Unidos)
A Toilets for People também está interessada em reduzir o uso de água no tratamento do esgoto e a reduzir a quantidade de dejetos ao ar livre. A startup desenvolve banheiros que eliminam os dejetos com uma tecnologia de compostagem, desvio de urina e um kit de ventilação. Isso gera um banheiro confortável, inodoro e fácil de manter. A ideia é atender principalmente comunidades que vivem em áreas sujeitas a inundações, onde as tecnologias de saneamento convencionais, como latrinas e sanitários, significam mais um problema do que uma solução.
Svadha WASH (Índia)
Outra startup indiana dedicada ao saneamento é a Svadha Wash, fundada em 2014. A startup trabalha em toda cadeia de valor do saneamento básico, desde a coleta de dejetos até a oferta de banheiros populares e portáteis. Uma das soluções da empresa é a Svadha Green, tecnologia de processamento de resíduos que converte mais rapidamente o lixo humano em composto, fundamental para evitar o acúmulo de resíduos e a proliferação de doenças. Os banheiros pré-fabricados, chamados Svadha Quick, podem ser montados em apenas três horas.
Sanergy (Quênia)
O foco da startup Sanergy, do Quênia, é levar saneamento acessível a favelas urbanas. A empresa africana constrói instalações de saneamento de baixo custo perto de regiões populosas e sem acesso a saneamento básico. Esses banheiros são vendidos como franquias a empreendedores locais. Eles coletam o lixo diariamente para convertê-lo em produtos como fertilizantes, que podem ser vendidos a agricultores.
Seabin (Austrália)
O Seabin é um dispositivo para limpar oceanos e consiste em sugar todos os detritos flutuantes com o que parece um aspirador de pó. É similar a, que captura o lixo que vai de detritos sólidos a dejetos humanos ou mesmo combustível. Funciona melhor em superfícies calmas, como em marinas, onde se concentra a população que vive na costa.
Esse conteúdo foi publicado originalmente em: Whow