Veja cinco novas tecnologias usadas para o saneamento básico
É inegável que novas tecnologias surgem todos os dias, provocando mudanças na sociedade ao oferecerem a superação de antigos obstáculos, economia de tempo e melhora nas técnicas e metodologias. O saneamento básico também é muito influenciado pela evolução tecnológica, que busca tornar mais eficientes os processos de tratamento de esgoto. O blog da BRK Ambiental listou cinco tecnologias que estão revolucionando o saneamento no Brasil:
1 – Processos com biomassa aeróbica granular
Esse processo foi desenvolvido na Holanda, pela Universidade de Tecnologia de Delft e a tecnologia foi patenteada pela empresa Royal Haskoning DHV, recebendo o nome de Nereda. Com essa nova metodologia, em vez da biomassa encarregada pelo tratamento do esgoto se estruturar em flocos (como em processos convencionais), ela passa a se organizar em grânulos, cuja velocidade de sedimentação é significativamente superior, sem necessidade de adição de produtos químicos e dispensando a instalação de unidades de decantação.
Pela Nereda, a seleção de bactérias capazes de formar grânulos favorece a remoção não só da matéria orgânica (tratamento secundário), mas também do fósforo e do nitrogênio das águas residuais (tratamento terciário). Dessa forma, promove um tratamento de esgoto eficiente e colabora com a preservação dos recursos hídricos. A BRK Ambiental foi a responsável por trazer essa tecnologia de saneamento para o país. Já existem duas plantas de tratamento Nereda em atividade, outra está em processo de construção e a empresa tem outras 3 estações com projetos iniciados.
2 – Sistema Moving Bed Bio-Reactor (MBBR)
Esse sistema consiste na utilização, dentro dos reatores biológicos, de pequenas peças de plástico, chamadas biomídias. Essas estruturas se caracterizam pela formação de um biofilme concentrado em seu interior, o que permite, em um mesmo volume de reação que sistemas convencionais, uma maior população de microorganismos responsáveis pelo tratamento. Este tipo de tecnologia, assim como a Nereda, otimiza o tratamento do esgoto quando há pouca disponibilidade de espaço.
3 – Membranas filtrantes de água
Antigamente, era comum que etapa de filtração no tratamento de água fosse realizada com grandes filtros de areia. Hoje, existe um movimento para a operação com membranas. Apesar de ainda apresentar um alto custo de implantação, essa tecnologia reduz de maneira considerável a área ocupada pelas Estações de Tratamento de Água (ETAs).
4 – Medidores online de qualidade de água
Os novos aparelhos de medição da qualidade da água são dispositivos com sensores online ligados a um display. Por meio deles, é possível obter informações valiosas sobre a água, como temperatura, concentração de sais, cor, turbidez, pH, cloro residual, entre outras. O acesso a esses dados permite um controle mais rígido das etapas de tratamento de água e esgoto e intervenções podem ser realizadas com resultados cada vez mais satisfatórios.
5 – Programas de redução de perdas de água tratada
Há um claro gap de eficiência na rede de distribuição no país, com muitos vazamentos e falta de manutenção. Como as tubulações estão debaixo da terra, há uma grande dificuldade em encontrar os locais exatos de perda d’água. É por isso que a detecção desse tipo de problema tem recebido cada vez mais ajuda da tecnologia, como o uso de sensores de pressão, sistemas acústicos e até imagens via satélite. Além disso, a análise dos algoritmos gerados pelos aparelhos de monitoramento permite encontrar as anormalidades da rede e realizar os devidos reparos para reduzir o desperdício
Conteúdo publicado originalmente em: BRK Ambiental